Uma das premissas aparentemente
inelutáveis por incapacidade de consenso internacional do atual sistema
económico globalizado é a da fuga de elevados volumes financeiros do
circuito fiscal dos estados-nação. Ontem foi divulgada uma notícia que
põe um valor nesses montantes que estarão a escapar ao radar de qualquer
estado-nação e que, dessa forma, não contribuem como seria suposto para
o financiamento desses estados, conduzindo a um reforço do esforço
requerido a quem não consegue ou quer sair do sistema fiscal.
Apesar
de ser uma aproximação grosseira e, segundo o investigador, prudente,
provavelmente estimada por defeito, o número é impressionante: mais de
20 milhões de milhões de dólares, ou se preferirem a nomenclatura
anglo-saxónica, mais de 20 triliões de dólares.
Porque é que é mesmo impossível eliminar esta imunidade?
Eis uma das peças encontradas no media sobre o assunto: “Paraísos fiscais encobrem mais de 21 biliões de euros [leia-se dólares] dos mais ricos do mundo“.
Pode encontrar mais informação sobre este estudo aqui: Tax Justice Network.
James Henry, autor do relatório e antigo economista-chefe da empresa de
consultoria McKinsey, refere, citado pela agência noticiosa France
Presse, que este valor é cauteloso, referindo ainda que os mais ricos do
mundo poderão ter escondido em paraísos fiscais, como as Ilhas Caimão e
a Suíça, cerca de 32 biliões de dólares.
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