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domingo, 22 de julho de 2012

FIGUEIRA DA FOZ - DE OUTROS TEMPOS

Em 10 de Julho de 1966 (vão decorridos quase 46 anos) foram solenemente inauguradas as obras do porto da Figueira da Foz.
Reproduzo aqui, para a história, o que sobre o assunto foi escrito no relatório da Câmara Municipal da Figueira da Foz, então presidida por José Coelho Jordão:
As obras importaram em 70 mil contos, e a Câmara Municipal era constituída por: Presidente: José Coelho Jordão; Vice-Presidente: Alfredo Antunes dos Santos (*); Vereadores: Carlos Cachulo e Costa (*), Fernando Luís Cardoso (*), João Gomes dos Santos Rigueira (*), Manuel Joaquim Moreira dos Santos, Sebestião Coelho de Carvalho (*) e Severo da Silva Biscaia (*).(*) - Já falecidos.




Figueira de outros tempo

Mais dois aspectos da Piscina-Praia que Deus haja ...

Uma imagem da Figueira da Foz, nos anos 40.
Na foto, a antiga lota e praia da sardinha, a doca e parte da baixa da cidade.

Lembram-se da velha ponte da Figueira da Foz, sobre o braço norte do Rio Mondego, demolida para dar lugar à actual Ponte Edgar Cardoso?
Figueira da Foz noutros tempos. Um aspecto da Rua Bernardo Lopes, no Bairro Novo, nos anos 50
O forte de Santa Catarina, na Figueira da Foz, nos anos 30. Foto publicada no Diário da Praia em Agosto de 1935.
Praia da Figueira da Foz no limiar dos anos 30
Na imagem, o então presidente da República, Américo Tomás e o ministro da Educação, José Hermano Saraiva, assinando o livro protocolar da inauguração do Liceu Nacional da Figueira da Foz, mais tarde rebaptizado de Escola Secundária Dr. Joaquim de Carvalho.
Reprodução de algumas páginas do ALMANACH DA PRAIA DA FIGUEIRA PARA 1879 - 1880.
Este "Guia do Banhista", editado por A. de Amorim Pessoa, contém interessantíssimos aspectos da vida figueirense, e foi impresso na TYPOGRAPHIA FOZ DO MONDEGO, em 1879.
Sugerem alguma curiosidade tanto a capa como o desenho da antiga Praça do Comércio (hoje Praça General Freire de Andrade mas mais conhecida por Praça Velha) e ainda um dos anúncios contidos naquela publicação histórica.

Na imagem, um avião militar a aterrar no antigo aeródromo Humberto da Cruz, na Figueira da Foz.
A foto é de 1935 e foi publicada no jornal "Diário da Praia", suplemento de "O Figueirense", na sua edição n.º 15, de 23 de Agosto daquele ano.
O "Diário da Praia" era dirigido por Adriano Santos, que tinha as funções de Secretário da Redacção e Editor.
A redacção e administração situavam-se no Largo do Carvão n.º 8, e composto e impresso no mesmo local, na Tipografia de "O Figueirense".
A distribuição era gratuita.
À direita, o Tennis Club da Figueira da Foz e parte das casas demolidas na Rua Engenheiro Silva, no prolongamento da Rua 5 de Outubro.
Aonde se encontra a placa de sentido proibido, era a rampa, em paralelipípedos, que levava até ao parque infantil e rinque de patinagem, nos anos 60.

Ponte do Galante
Na imagem, um aspecto da demolição das casas que ocupavam o espaço onde hoje decorre a construção do hotel que tanta polémica tem provocado.
Dos prédios de primeiro andar, ergue-se agora um monumental edifício com 16 pisos. Tapar a vista para o mar às casas cujos ocupantes eram privilegiados com o panorama que divisavam, foi a gota de água para a "guerra" que tem sido travada para impedir a sua construção.
Estávamos em meados dos anos 60. A discussão surge mais de 40 anos volvidos.

Em 29 de Agosto de 1907, o Infante D. Manuel que, no ano seguinte, após o assassinato de seu pai D. Carlos e de seu irmão, D. Filipe, viria a ser o último Rei de Portugal, esteve na Figueira da Foz, para onde se deslocou a cavalo, vindo de Sintra, completando uma etapa que teve o seu início em Leiria pelas 5 horas da manhã, e final na Figueira da Foz pelas 10 horas.
Reproduzo uma página da Illustração Portuguesa, publicada em 9 de Setembro de 1907, que mostra algumas das fases da sua visita à cidade da Foz do Mondego.
Na primeira, D. Manuel atravessa a velha ponte sobre o Mondego, na segunda pode ver-se uma imagem da chegada à Figueira, na terceira, a Real Filarmónica Dez de Agosto saúda o Infante, à porta do Hotel Lisbonense e, a finalizar, D. Manuel cumprimenta o administrador do concelho da Figueira da Foz.
Penso que se trata de imagens por muito desconhecidas e é mais uma achega para a história da Figueira da Foz.

Na foto, o naufrágio da traineira "Sagres", em 1937, junto ao Forte de Santa Catarina, na Figueira da Foz.
No local do naufrágio situa-se hoje a Avenida de Espanha.

Agora que a época balnear deu o pontapé de saída, recorda-se aqui um dos semanários que se publicaram na Figueira da Foz, este dedicado especialmente à temporada de banhos.
Trata-se de "A PRAIA", um jornal prenhe de boa disposição, ou não fosse dirigido por dois humoristas natos: António Amargo (jornalista e poeta sarcástico) e Adriano Santos (O Pinana), que esteve durante largos anos ligado a "O PALHINHAS".
Reproduzo algumas páginas da edição de 20 de Agosto de 1923 (n.º 6), vão decorridos 89 anos !!!
E já agora, para se inferir do carácter humorístico da publicação, aqui vai um pequeno excerto:
"(...) o Paulo Emílio, ministro do Interior e Embaixador plenipotenciário junto da colónia hespanhola, decreta para valer como lei o seguinte:Art.º 1.º - A Praia tem que ter graça, sob pena de não ter graça nenhuma.§ único - Não se admitem graças pesadas, nem graças a Deus, nem graças desgraçadas.Art.º 2.º - É A Praia obrigada a publicar retratos de hespanholas bonitas, ou pelo menos reconhecidas como tal em Assembleia Geral de pessoas de bom gosto, por maioria de votos. Os senhores que aprovam, deixam-se ficar sentados.Art.º 3.º - A Praia é autorizada a pôr à volta qualquer escandalosinho maroto de fresca data e a pôr a careca à mostra ao cidadão ridículo com pretenções.§ 1.º - Na falta de viola, pode usar-se qualquer outro instrumento de corda, com excepção da forca, do relógio e da campainha de portão de quinta.§ 2.º - No caso de conflito pessoal, que possa chegar a vias de facto, sem prejuízo de outras vias, a redacção porá as costas no seguro, constituindo-se em Sociedade Anónyma de Responsabilidade Limitada.Art.º 4.º - Não se publicam versos errados, nem prosa com erros de gramática ou de orthographia.Art.º 5.º - Não se revoga a legislação em contrário, porque não a há.Sala da Redacção, em parte incerta, 19 de Agosto de 1923.-- (aa) Paulo Emílio, Adriano Santos, António Amargo (relator)."

1 comentário:

cardeira disse...

Muito interessante este blogue. Fui aluno no então Liceu Municipal da Figueira da Foz entre 1954 e 1959. O Liceu passou a Liceu Nacional em 1956. Infelizmente não encontrei aqui fotografias do Liceu.

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