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terça-feira, 31 de maio de 2011

Casualidade, causalidade

http://www.jn.pt/common/images/opiniao/grande/Manuel%20Ant%C3%B3nio%20Pina.jpg
Casualidade, causalidade
00h56m
Talvez tenha visto mal mas não me apercebi de que, como vem sendo feito na Net, algum jornal se tenha ainda interrogado sobre a sucessão de três notícias em pouco mais de dois meses que, isoladas, talvez só tivessem lugar nas páginas de Economia mas que, juntas, e com um director ou um chefe de redacção curiosos de acasos, até poderiam ter sido manchete.
A primeira, de 16 de Março, a da renúncia - dois anos antes do termo do seu mandato - de Almerindo Marques à presidência da Estradas de Portugal (para que fora nomeado em 2007 pelo então ministro Mário Lino), declarando ao DE que "no essencial, est[ava] feito o [s]eu trabalho de gestão".
A segunda, de 11 de Maio, a de uma auditoria do Tribunal de Contas à Estradas de Portugal, revelando que, com a renegociação de contratos, a dívida do Estado às concessionárias das SCUT passara de 178 milhões para 10 mil milhões de euros em rendas fixas, dos quais mais de metade (5 400 milhões) coubera ao consórcio Ascendi, liderada pela Mota-Engil e pelo Grupo Espírito Santo. Mais: que dessa renegociação resultara que o Estado receberá, este ano, 250 milhões de portagens das SCUT e pagará... 650 milhões em rendas.
E a terceira, de há poucos dias, a de que Almerindo Marques irá liderar a "Opway", construtora do Grupo Espírito Santo.
O mais certo, porém, é que tais notícias não tenham nada a ver umas com as outras, que a sua sucessão seja casual e não causal.

domingo, 29 de maio de 2011

Pesquisa de mortes violentas.....

CLIK NA IMAGEM
DataLocalVítimaIdade Causa
da morte





12 Maio 2011Bairro do OuteiroAbel Ferreira

23 anosEsfaqueado




14 Abril 2011CaceiraCidalina Correia

49 anosGolpeada com foice




02 Maio 2011Vale de MilhaçosMaria José

50 anosMorta à facada




25 Abril 2011LisboaMaria Gurgel

64 anosDegolada




09 Abril 2011BragaAntónio Peixoto

60 anosEspancado até à morte




17 Março 2011Tapada das MercêsElisângelo Moreira

21 anosFacada




20 Março 2011EnxertadoFernando Ruas

44 anosTiro de caçadeira




06 Março 2011Catraia de São RomãoMaria de Jesus

80 anosAgredida até à morte




08 Março 2011CaneçasAntónio Alves

71 anosAgressão com ferro




07 Março 2011CharnecaMaria Emília Figueiredo

66 anosEsfaqueada




05 Março 2011Sobral de Monte AgraçoDaniel 'Galifã'

23 anosFacada




25 Fevereiro 2011OrcaManuel João

40 anosAbatido a tiro




21 Fevereiro 2011Bairro de CaselasIsabel do Carmo

83 anosAsfixiada com cinto




21 Fevereiro 2011Rua Agostinho LourençoManuel Noya

39 anosDegolado com faca




12 Fevereiro 2011Vila Verde da RaiaAmílcar Gonçalves

72 anosGolpes de foice




05 Fevereiro 2011Parque da MamarrosaCláudio Rio Mendes

35 anosMorto e tiro




04 Fevereiro 2011Vila Boa do BispoAntónio Conceição

43 anosEstrangulamento




31 Janeiro 2011Azinhaga da CidadeAntoinne Coelho

33 anosMorto a tiro




24 Janeiro 2011EsteiroCarlos de Jesus

55 anosMorto à catanada




05 Janeiro 2011SeixalinhoDesconhecida

DesconhecidaRegado com gasolina




03 Janeiro 2011Vila Chã de OuriqueHélder Bonito

50 anosTiro de caçadeira




Hoje .....mais uma sondagem....

“Pesquisa” eleitoral dá 8,4% aos pequenos partidos e maioria a PSD e CDS
Posted: 28 May 2011


A internet é um meio frequentado por portugueses que estarão ainda longe de serem perfeitamente representativos do país, por outro lado, aqueles que acabam por ser leitores do Economia e Finanças poderão ter um perfil que é ainda significativamente diferente do perfil médio do utente da internet e, finalmente, os que aceitam responder a algo como a nossa pesquisa eleitoral (que temos em curso há várias semanas) terão ainda um perfil distinto. Como tal, extrapolar a “pesquisa” que aqui fazemos além do exercício de mera curiosidade é inútil. Note-se que ela pode ainda ser manipulada caso haja quem se dê ao trabalho de andar a limpar cookies e votar éne vezes.
Ainda assim avançamos com ela e vamos espreitar os resultados com todas estas salvaguardas. Desde logo, temos 3673 votos acumulados e destes, cerca de 10,3% são brancos ou nulos enquanto 4,6% expressaram que não vão votar. Se a percentagem de votos brancos e nulos se aproximar da real será um resultado histórico…
Dito isto, vamos verificar o que acontece com os restantes 3125 considerados “votos validamente expressos”. Desde logo, destaca-se que os votos acumulados nos partidos sem representação parlamentar representam 8,4% do total, mais uma vez um valor que a vir a verificar-se nas eleições seria historicamente elevado. Entre estes, o MEP e o PNR surgem com mais de 1% dos votos, seguidos de perto do novíssimo PAN e do antigo PCTP/MRPP. Estes quatro congregaram quase tantos votos quanto o BE, mas, em tese, se estas percentagens se viessem a verificar nas eleições, dificilmente elegeriam deputados. Dependeria da concentração geográfica. Não seria impossível a eleição, particularmente se os votos estivessem concentrados nos maiores círculos eleitorais (Lisboa e Porto).

Finalmente, incluamos os 5 grandes assumindo que só estes elegem deputados. Neste caso temos os seguintes resultados:
PSD 33%
PS 27,3%
CDS 19,7%

CDU 13,0%
BE 7,1%

URBANO TAVARES RODRIGUES


Pertenço a uma geração que se tornou adulta durante a II Guerra Mundial. Acompanhei com espanto e angústia a evolão lenta da tragédia que durante quase seis anos desabou sobre a humanidade.


Desde a capitulação de Munique, ainda adolescente, tive dificuldade em entender porque não travavam a França e a Inglaterra o III Reich alemão. Pressentia que a corrida para o abismo não era uma inevitabilidade. Podia ser detida.


Em Maio de 1945, quando o último tiro foi disparado e a bandeira soviética içada sobre as ruínas doReichstag, em Berlim, formulei como miles de jovens em todo o mundo a pergunta


«Como foi possível?»


Hitler suicidara-se uma semana antes. Naqueles dias sentíamos o peso de um absurdo para o
qual ninguém tinha resposta. Como pudera um povode velha cultura, o alemão, que tanto contribra para o progresso dahumanidade, permitir passivamente que um aventureiro aloucado exercesse durante 13 anos um poder absoluto. A razão não encontrava explicação para esse absurdo que precipitou a humanidade numa guerra apocaptica (50 miles de mortos) que destruiu a Alemanha e cobriu de escombros a Europa?


Muitos leitores ficarão chocados a por evocar, a propósito da crise portuguesa, o que se passou na Alemanha a partir dos anos 30.


Quero esclarecer que não me passa sequer pela caba estabelecer paralelos entre o Reich hitleriano e o Portugal agredido por Sócrates. Qualquer analogia seria absurda.


o outros o contexto histórico, os cenários, a dimensão das personagens e os efeitos. Mas hoje também em Portugal se justifica a pergunta «Como foi possível?»
Sim. Que estranho conjunto de circunstâncias conduziu o País ao desastre que o atinge? Como explicar que o povo que foi sujeito da Revolão de Abril tenha hoje como Primeiro-ministro, transcorridos 35 anos, uma criatura como José Sócrates? Como podem os portugueses suportar passivamente há mais de cinco anos a humilhação de uma política autocrática, semeada de esndalos, que ofende a razão e arruína e ridiculariza o Pais perante o Mundo?


O descalabro ético socrático justifica outra pergunta: como pode um Partido que se chama Socialista (embora seja neoliberal) ter desde o início apoiado maciçamente com servilismo, por vezes com entusiasmo, e continuar a apoiar, o desgoverno e despautérios do seu der, o cidadão Primeiro-ministro?


Portugal caiu num pântano e não resposta satisfaria para a permanência no poder do homem que insiste em apresentar um panorama triunfalista da política reaccionária responsável pela transformação acelerada do país numa sociedade parasita, super endividada, queconsome muito mais do que produz.


Pode muita gente concluir que exagero ao atribuir tanta responsabilidade pelo desastre a um indivíduo. Isso porque Sócrates é, afinal, um instrumento do grande capital que o colocou à frente do Executivo e do imperialismo que o tem apoiado. Mas não creio neste caso empolar o factor subjectivo.


Não conho precedente na nossa História para a cadeia de escândalos maiúsculos em que surge envolvido o actual Primeiro-ministro.


Ela é tão alarmante que os primeiros, desde o mistério do seu diploma de engenheiro, obtido numa universidade fantasmática (encerrada), aparecem já como coisa banal quando comparados com os mais recentes.
O último é nestes dias tema de manchetes na Comunicação Social e já dele se fala além fronteiras.


É afinal um esndalo velho, que o Presidente do Supremo Tribunal e o Procurador-geral da República tentaram abafar, mas que retomou actualidade quando um semanário divulgou excertos de escutas do caso Face Oculta.


Alguns despachos do procurador de Aveiro e do juiz de instrão criminal do Tribunal da mesma comarca com transcrições de conversas telefónicas valem por uma demolidora peça acusatória reveladora da vocação liberticida do governo de Sócrates para amordaçar a Comunicação Social.


Desta vez o Primeiro-ministro ficou exposto sem defesa. As vozes de gente sua articulando projectos de controlo de uma emissora de televisão e de afastamento de jornalistas incómodos estão gravadas. Não desmentidos que possam apagar a conspiração.


Um mar de lama escorre dessas conversas, envolvendo o Primeiro-ministro. A agressiva tentativa de defesa deste afunda-o mais no pântano. Impossibilitado de negar os factos, qualifica de «infame» a divulgação daquilo a que chama «conversas privadas».


Basta recordar que todas as gravações dos diálogos telefónicos de Sócrates com o banqueiro Vara, seu ex-ministro foram mandadas destruir por decisão (lamentável) do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, para se ter a certeza de que seriam muitíssimo mais comprometedoras para ele do que as «conversas privadas» que tanto o indignam agora, divulgadas aliás dias depois de, num restaurante, ter defendido, em amena «conversa» com dois ministros seus, a necessidade de silenciar o jornalista Mário Crespo da SIC Noticias.


Não é apenas por serem indesmentíveis os factos que este esndalo difere dos anteriores que colocaram José Sócrates no banco dos réus do Tribunal da opinião pública. Desta vez a
hitese da sua demissão é levantada em editoriais de diários que o apoiaram nos primeiros anos e personalidades políticas de ltiplos quadrantes afirmam sem rodeios que não tem mais condições para exercer o cargo.


O cidadão José Sócrates tem mentido repetidamente ao País, com desfaçatez e arrogância, exibindo não apenas a sua incompetência e mediocridade, mas, o que é mais grave, uma
debilidade de carácter incompatível com a chefia do Executivo.


Repito: como pode tal criatura permanecer como Primeiro-ministro?


Até quando, Sócrates, teremos de te suportar?
"Como explicar que o povo que foi sujeito da Revolão de Abril tenha hoje como Primeiro- ministro, transcorridos 35 anos, uma criatura como José Sócrates? Como podem os portugueses suportar passivamente mais de cinco anos a humilhação de uma política autocrática, semeada de esndalos, que ofende a razão e arruína e ridiculariza o País perante o Mundo?"
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