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quinta-feira, 7 de abril de 2011

TDT: perguntas frequentes


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TDT: perguntas frequentes
Sumário
A rede de televisão digital terrestre (TDT) já cobre mais de 80% da população nacional. Os televisores sem sintonizador compatível para o sinal digital requerem uma caixa descodificadora.
A substituição da televisão "tradicional" pela TDT suscita dúvidas sobre a cobertura, a compatibilidade dos modelos e o equipamento. Se não encontrar a resposta aqui, envie-nos a sua questão para tdt@deco.proteste.pt ou contacte os nossos serviços. O fim das emissões analógicas será um processo complicado: mais de metade dos lares portugueses ainda recebem as emissões por antena, segundo a ANACOM.
Cobertura
Quando será feito o corte do sinal analógico de televisão (switch-off)?
O corte definitivo irá ocorrer em 2012 de forma faseada:
  1. 12 de Janeiro: faixa litoral do território continental. O número de estações emissoras e retransmissoras que deixarão de emitir o sinal analógico será de 84. Consulte a lista em Documentos adicionais;
  2. 22 de Março: regiões autónomas dos Açores e Madeira. Implica menos 41 emissores e retransmissores a emitir o sinal analógico nos Açores e 23 na Madeira. Consulte a lista em Documentos adicionais;
  3. 26 de Abril: restante território nacional. Mais 114 estações emissoras (e retransmissoras) deixarão de emitir o sinal de televisão analógico. Nesta altura, o sinal analógico estará indisponível para a totalidade da população. Consulte a lista em Documentos adicionais.
O processo terá início com a cessação das emissões em zonas-piloto no primeiro e segundo trimestres de 2011:
  • 12 de Maio: retransmissor de Alenquer
  • 16 de Junho: retransmissor de Cacém
  • 13 de Outubro: retransmissor da Nazaré
Pretende-se sensibilizar a população e identificar problemas.
Como vai ser feita a cobertura?
Em 2011, grande parte do território já estará abrangido. As zonas do interior do País, com menor densidade populacional, ficarão para a fase final. Algumas destas zonas só poderão aceder às emissões digitais por satélite. Esta situação não pode afectar mais de 13% da população, segundo a licença de utilização de frequências atribuída à PT. Nestes casos, está prevista uma comparticipação para o acesso em condições equitativas às emissões digitais. Desconhece-se como se processará. É urgente divulgar como vão processar-se essas comparticipações.
Quando chega a minha casa?
Para saber se a zona onde vive está abrangida, entre na página do fórum TDT e introduza o código postal. Pode deixar o endereço de correio e será avisado por e-mail.
A TDT vai cobrir todo o País? Ou alguns locais terão de aceder ao sinal por satélite?
Segundo a licença atribuída à PT, uma parcela até 13% do território nacional (Continente e regiões autónomas dos Açores e Madeira) não irá ter cobertura terrestre (captação por antena) do sinal TDT. Terão de aceder via satélite. A PT é obrigada a permitir o acesso em condições equitativas à restante população. Está prevista comparticipação nos custos com mão-de-obra, equipamentos, antena e cablagem.
As emissões por satélite vão desaparecer em 2012?
Não, o apagão do sinal analógico vai afectar apenas as emissões analógicas terrestres que incluem os 4 canais generalistas e captadas por antena.
Está previsto algum apoio na compra da caixa descodificadora?
Ainda não foi divulgado. Mas a comparticipação é parte da licença atribuída à PT. Prevê-se que esta empresa apoie uma parcela da população, que deverá incluir, segundo a licença de utilização, “cidadãos com necessidades especiais, grupos populacionais mais desfavorecidos e instituições de comprovada valia social”. Como os detalhes do processo ainda não foram divulgados, algumas famílias arriscam-se a comprar descodificadores sem saber que têm direito a apoio.
Tecnologia
O que é a televisão digital terrestre?
A TDT é a digitalização das actuais emissões hertzianas de televisão, captadas por antenas e que incluem os canais de acesso livre (RTP 1 e 2, SIC, TVI e RTP Madeira e Açores). Trata-se de um sistema de transmissão via hertziana, onde o sinal se propaga através do ar por intermédio de estações emissoras e retransmissoras e é captado pelas antenas dos utilizadores finais.    
Quais as vantagens da mudança?
Esta tecnologia permite libertar muito espectro radioeléctrico. O espectro livre servirá novas aplicações de
serviços móveis e canais de televisão pagos, por exemplo. As emissões analógicas não podem ser mantidas por muito mais tempo: ocupam demasiado espectro radioeléctrico. Por isso, a Comissão Europeia determinou que a televisão digital fosse introduzida em todos os países da União, com o fim da transmissão analógica para 2012. Na largura de banda ocupada por um canal analógico cabem 4 canais digitais.
O que traz de novo?
O sinal digital abre as portas à transmissão em alta-definição e novas funcionalidades, como o guia electrónico de programas (EPG). Até ao momento, as emissões estão a ser feitas em resolução standard, mas com melhor qualidade do que no actual sistema analógico (desde que em condições de recepção óptimas). Está aberta a possibilidade de licenciamento de um quinto canal de televisão, bem como a existência de um canal de alta-definição partilhado pelos operadores.
Qual a utilidade do EPG?
O EPG (Electronic Program Guide ou, em português, guia electrónico de programas) permite aceder a uma grelha dinâmica de programação. As possibilidades dependem do descodificador, por vezes, integrado no televisor:
  • pesquisar por ordem cronológica;
  • consultar a sinopse, elenco e categoria, entre outras informações;
  • controlo parental, para impedir a visualização de certos programas;
  • agendar gravações directamente (possível com alguns gravadores).
Os 4 canais generalistas vão continuar de acesso livre?
Sim, como actualmente, e não precisa de subscrever um serviço de televisão (cabo, fibra óptica, IPTV ou satélite). A licença atribuída à PT assim o determina. Se o seu televisor não tiver sintonizador DVB-T MPEG4, terá de comprar uma caixa descodificadora.
A qualidade de imagem é superior?
Melhora com a televisão digital terrestre por ser menos susceptível ao ruído e oferecer uma imagem mais nítida. Espera-se que a recepção em formato digital seja mais estável (sem chuva) nos locais onde a intensidade do sinal analógico é mais fraca. Mas, nesses locais, evite usar antenas interiores, muito vulneráveis a interferências de telemóveis, por exemplo. Ao fazer uma chamada, pode perder o sinal e ter de reiniciar o descodificador.
Com as emissões analógicas, existem zonas com sinal fraco. Com a TDT será igual?
Depende da implementação das infra-estruturas pela PT. O sinal digital permite uma melhor taxa de distribuição. É de esperar que algumas zonas onde o sinal analógico era fraco possam beneficiar de um acréscimo de qualidade significativo. Os problemas que afectam o sinal digital são diferentes. Enquanto um sinal analógico fraco provoca ruído ou “chuva” na imagem, o digital será afectado de pixelização ou perdas de reprodução. Se o sinal não tiver intensidade suficiente, arrisca não ter imagem.
Existem amplificadores de sinal para utilizar nos locais onde é mais fraco?
Há amplificadores de sinal para a TDT. Mas a qualidade do sinal digital é definida pela sua intensidade e qualidade. A primeira pode ser aumentada com um amplificador, como os que equipam uma antena interior amplificada. Mas se o sinal tiver pouca qualidade, afectado por interferências, o amplificador vai ampliá-las e complicar a recepção.
A TDT é a primeira plataforma em Portugal a usar sinal digital?
Não. O sinal de televisão digital e, nalguns casos, de alta definição, está disponível em Portugal há algum tempo pelo cabo, IPTV, fibra óptica e satélite. O cabo conquistou a maior implementação e cobre mais de 30% da população.
Equipamento
O meu televisor é compatível?
Sim, se tiver sintonizador digital, do tipo DVB-T, e capacidade de descodificar sinais em MPEG4/H.264. Aplica-se sobretudo a televisores muito recentes. Se comprou antes de 2009, o TV pode não ter o sintonizador necessário. Nesse caso, terá de comprar uma caixa descodificadora em separado.
Nos nossos testes a televisores, recomendamos os modelos recentes compatíveis com a televisão digital terrestre. Encontra essa informação na ferramenta Comparar e Poupar.
Como identificar um televisor compatível?
Os logótipos HDTV ou HDTV1080p indicam que está preparado para as emissões digitais. Para tal, deve incluir um sintonizador digital do tipo DVB-T e capacidade de descodificação de sinais MPEG4, entre outros. Ostentar DVB-T não é suficiente, já que pode significar que apenas converte sinais em MPEG2 (usados noutros países europeus, mas não em Portugal).
Nos nossos testes a televisores, recomendamos os modelos recentes compatíveis com a televisão digital terrestre. Encontra essa informação na ferramenta Comparar e Poupar.
Tenho de comprar um televisor novo?
Não. Para cada aparelho em casa sem sintonizador para descodificar sinais em MPEG4, precisa de uma caixa descodificadora compatível com a norma DVB-T e MPEG4/H.264. Consulte os resultados do teste a caixas descodificadoras TDT.
Quanto custa uma caixa descodificadora?
Um receptor simples sem disco rígido para gravar programas custa a partir de 50 euros. Encontra variações de preços significativas, consoante o modelo, que podem chegar a 200 euros.
Se comprar uma caixa descodificadora em Espanha ou outro país europeu, posso utilizá-la em Portugal?
Pode, desde que o descodificador seja do tipo DVB-T MPEG4. Em Espanha, a maioria dos que estão à venda não descodificam esse tipo de sinal. O sistema aí utilizado é o DVB-T MPEG2.
Não tenho serviço de televisão por assinatura nem televisor equipado. É prematuro comprar descodificador?
Esperar pode ser uma boa solução. No último ano, os preços desceram muito e a tendência deve manter-se.
As caixas descodificadoras têm de ser instaladas por um técnico?
A instalação é simples: basta ligar o cabo de antena à entrada da caixa e depois ligar a caixa ao televisor por cabo SCART, se for um modelo convencional, ou via cabo HDMI, nos LCD e plasma. Veja como instalar no nosso artigo. Mais complicada é a orientação correcta da antena e sintonia dos canais. Na maioria dos casos, não será necessário reorientar a antena.
Tenho de comprar um descodificador por cada televisor?
Sim. Apenas no sinal analógico pode fazer a derivação do sinal para vários aparelhos. Mas ainda é cedo para comprar descodificadores. Veja os preços e resultados do nosso teste. Até ao apagão do sinal analógico os preços devem descer.
Posso continuar a usar o meu gravador de DVD ou videogravador?
Sim, desde que estejam ligados a uma ficha SCART (saída) da caixa descodificadora. Esta deve ter 2 fichas SCART: uma para ligar ao televisor e a segunda para os aparelhos gravadores. Confirme as fichas de que precisa no nosso artigo.
O meu televisor tem sintonizador integrado, mas o meu leitor/gravador de DVD não. Como gravar as emissões digitais?
Deve ligar o cabo de antena ao televisor e usar uma ficha SCART desse, que tenha saída de vídeo, para ligar ao gravador de DVD, na sua SCART de entrada de vídeo. Para identificar a entrada ou saída SCART, no televisor, é comum a indicação in/ou (entrada/saída) ou um círculo com uma seta a entrar ou sair. No gravador de DVD ou videogravador, existe uma SCART chamada “TV” (a saída) e outra chamada “VCR” (a entrada).
Quem tiver serviço de televisão por subscrição (cabo, fibra óptica, IPTV ou satélite) precisa de comprar equipamento?
Nada muda para os utilizadores de televisão por subscrição. A TDT é a digitalização das actuais emissões analógicas de televisão em sinal aberto, difundidas por via hertziana, ou seja as dos canais generalistas.  
Um cliente de televisão por cabo com 3 televisores e apenas box num deles terá acesso à TDT sem mais custos nos outros?
Muitos operadores disponibilizam, além dos canais em formato digital, alguns canais em analógico (excepto os pagos que não fazem parte do pacote-base). Estes podem ser distribuídos pelos vários televisores em casa, sem custos adicionais. Aos canais digitais só acede através de uma caixa descodificadora fornecida. Se quiser vê-los em mais do que um aparelho terá de pagar o aluguer mensal de mais boxes.
A TDT acaba com as antenas nos telhados?
Não, as antenas exteriores UHF são necessárias para receber o sinal digital. Este continuará a ser transmitido por via hertziana. Se tiver uma antena parabólica, por exemplo, não pode utilizá-la.  
Preciso de mudar a antena receptora?
Em princípio, não. Pode manter a sua antena UHF e a respectiva cablagem. As mais antigas podem não suportar a frequência. Nalgumas zonas, pode ter de redireccionar a antena. A antena interior funcionará nos locais com bom sinal, embora a exterior ofereça resultados melhores. As interiores são mais afectadas por interferências de aparelhos, como telemóveis: ao receber uma chamada na mesma divisão onde a antena está instalada, pode haver quebra total da transmissão e, nalguns casos, terá mesmo de reiniciar a caixa descodificadora.
A instalação colectiva do prédio tem de ser alterada?
Não. Pode manter a infra-estrutura. Há também a possibilidade de converter o sinal para analógico à entrada da instalação por moduladores de sinal, colocados por profissionais, sendo distribuído dessa forma pelos residentes. Nesse caso, funcionalidades como o EPG ou as emissões em alta definição ficam interditas.
Num prédio com antena coletiva, o condomínio é obrigado a disponibilizar os canais de livre acesso (RTP1, RTP2, SIC e TVI) em formato digital?
Não, cabe aos condóminos decidir se pretendem avançar para uma solução comum. Para saber se compensa, pois depende do número de pessoas, informe-se sobre o custo junto de um instalador autorizado. Se não chegarem a acordo, quem pretender aceder ao sinal de TDT, terá de optar por uma solução individual.
Há algum aparelho que mantenha a rede doméstica de distribuição de sinal actual e aceder à TDT em todos os televisores da minha casa, sem usar vários descodificadores?
Por enquanto, é muito difícil encontrar esse equipamento à venda. Tente contactar empresas que o instalem.  Se optar por este serviço, pagará a mão-de-obra e o equipamento, que faz descodificação e modulação do sinal. Ao converter o sinal digital para analógico interdita o acesso ao guia electrónico de programas e a emissões em alta-definição que possam surgir no futuro. Além disso, a adaptação da instalação pode ser dispendiosa.


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