Publicação: 25-03-2011 18:48 | Última actualização: 25-03-2011 18:48 O antigo vice presidente do BCP Armando Vara, que saiu do banco no verão de 2010 devido ao alegado envolvimento no processo Face Oculta, recebeu 562 mil euros de indemnização, a que se somam aos 260 mil euros de remuneração fixa.
Armando Vara recebeu indemnização de 562 mil euros para sair do BCP
Vara suspendeu as suas funções no maior banco privado português em Novembro de 2009, quando o seu nome foi ligado ao processo Face Oculta, que se prende com alegados casos de corrupção e outros crimes económicos relacionados com o negócio da sucata e que tem 36 arguidos.
Apesar de não ter exercido qualquer actividade no BCP desde o final de 2009, Vara recebeu um total de 822 mil euros do banco em 2010, um valor que supera, inclusive, os 647 mil euros auferidos pelo presidente Carlos Santos Ferreira.
No total, os nove administradores (oito, excluindo Vara) do BCP receberam 4,1 milhões de euros no ano passado, parte dos quais relativos à remuneração fixa no banco e, numa proporção muito menor, relativos à remuneração relacionada com empresas participadas.
No relatório do governo societário de 2010 hoje enviado pelo BCP à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o banco explicou que o contrato de cessação do vínculo de Vara à instituição foi celebrado "exclusivamente no interesse da sociedade e protecção da imagem do banco".
E justificou que esta indemnização corresponde às remunerações fixas que seriam recebidas Vara até ao termo previsto para o exercício de funções para as quais foi eleito no início de 2008.
Vara é arguido no processo Face Oculta, sendo acusado de três crimes de tráfico de influências.
No que toca aos restantes administradores do BCP:
Paulo Macedo auferiu 545 mil euros;
Vítor Lopes Fernandes ganhou 520 mil euros; José Guilherme, Nelson Machado, Luís Pereira Coutinho e Miguel Maya receberam 455 mil euros cada; e, António Ramalho, que entrou para vogal daquele órgão em 12 de abril de 2010, 260 mil euros.
Já os 13 membros do conselho geral e de supervisão do BCP receberam, no total, 860 mil euros no ano passado (António Mexia, presidente da EDP, não recebeu qualquer montante pelas funções desempenhadas), com o presidente Luís de Melo Champalimaud a liderar a tabela com um vencimento de 180 mil euros.
Lusa |
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