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quarta-feira, 16 de março de 2011

AS NOVIDADES DO DIA....NINGUÉM SABIA DISTO....

Justiça

Face Oculta. Juiz conclui que alguns arguidos estão bem relacionados

por Augusto Freitas de Sousa , Publicado em 16 de Março de 2011  |  Actualizado há 17 horas
As testemunhas apresentadas pelas defesas levam o juiz Carlos Alexandre a chegar à conclusão de que os arguidos têm bons contactos e influência
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O que têm em comum o irmão de José Sócrates, José Pinto de Sousa, o antigo comissário europeu e ex-ministro António Vitorino, o ex-ministro Eduardo Catroga, os antigos presidentes da República Jorge Sampaio e Mário Soares, os ex-ministros Ângelo Correia e Fernando Gomes, o ex-presidente da ANAREC António Saleiro e o presidente da CIMPOR, Castro Guerra
 
Todos são, ou foram, testemunhas de defesa de arguidos do processo Face Oculta: de José Penedos, do filho Paulo Penedos e do ex-administrador da Galp Paulo Costa.

Relativamente a este ex-administrador da petrolífera, acusado de corrupção passiva no sector privado e de tráfico de influências, o juiz Carlos Alexandre refere que se "trata de um indivíduo, notoriamente com ''bons contactos'' e capacidade de influência, basta atentarmos nalguns nomes, por ele indicados, para servirem como suas testemunhas abonatórias, no âmbito do procedimento disciplinar de que foi alvo, instaurado pela Petrogal, e que culminou com o despedimento com justa causa". Entre os nomes que o juiz refere ter extractado "apenas para ilustrar a capacidade de influência do ora arguido" estão os referidos Mário Soares e António Saleiro.

O ex-Presidente da República referia que "considera o arguido uma pessoa honesta e correcta e sabe que também é assim considerado pela própria GALP". Já o antigo responsável da ANAREC António Saleiro limita-se a dizer que o conheceu há muitos anos. O irmão de Sócrates, José Pinto de Sousa, refere que manteve uma amizade com Paulo Costa e que, apesar de ser irmão de quem é, "nunca este se lhe dirigiu a pedir o que quer que fosse". O ex-presidente da Câmara do Porto Fernando Gomes veio referir, já neste processo, que "quando chegou à GALP recebeu boas informações sobre Paulo Costa", referenciaram-no como "um director de primeira linha" e "foi- -lhe aconselhado (QUEM TERIA SIDO?) que o mantivesse director dessa área, o que fez".

No que respeita a José Penedos e Paulo Penedos, António Vitorino referiu que "havia contraste entre o ponto de vista do pai e do filho". Referindo-se às prendas, o ex-comissário "disse ser prática corrente, se bem que tem havido evolução, pois hoje em dia substituem-se os presentes pessoais por doações a ONG".

O ex-Presidente Jorge Sampaio fez questão de falar sobre factos e não como testemunha abonatória. Disse que conhece Paulo Penedos "e muito bem", "tem imensa amizade pelo jovem", mas "deu--lhe alguns conselhos de prudência". Relativamente ao pai Penedos, Sampaio "via que ele estava numa posição incómoda ao não conseguir ''controlar'' o filho em termos de impetuosidade".
Ângelo Correia disse conhecer o arguido José Penedos e a família. Tem pelo pai Penedos "respeito" e "enorme admiração" e percebeu "que não queria ser responsável pelos actos dos filhos". Eduardo Catroga referiu "conhecer o eng. Penedos há muitos anos, pessoalmente, ainda era deputado, e depois, enquanto secretário de Estado da Energia teve alguns contactos profissionais com ele, nessa qualidade". Sobre os presentes, refere "ser usual, no contexto português, a troca e recebimento de prendas".

Castro Guerra, da CIMPOR, disse que tomou a iniciativa de manter contacto com José Penedos "pelo seu conhecimento na área da energia, pela sua seriedade e pelo serviço público".

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