Número total de visualizações de páginas

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O Coelho Processa o Cavaco

Não, não são estas as suas palavras, mas é este o único significado possível. Como conceber-lhes um sentido diverso, esquecendo quem destruiu a indústria, a agricultura, as pescas e praticamente todas as outras fonte de riqueza, que aumentou os ganhos da sua corja no governo em 51% e cujos sequazes roubaram os fundos de coesão europeus para si e para os seus e amigos?

São factos do dum passado recente bem conhecido, portanto indesmentíveis.

Se esses fundos não foram usados para a preparação do país para a futura concorrência, desta forma ele condenou a população à miséria nas décadas a vir. Que evidentemente não se pôde ver logo; só quem quiser encobrir maliciosamente a realidade poderá afirmar o contrário. Similarmente, a falta de médicos decretada pelo Cavaco já ao fim do seu mandato, não poderia notar-se imediatamente, que os médicos levam muitos anos a formar-se.

Daí, as palavras do Coelho e dos seus apoiantes, que com inteligência de malandros canalhas, só podem dirigir-se a gente amnésica ou estúpida. É com isso que ele conta, como sempre que rosna ou ladra. A população está tão desmiolada no seu conjunto que os alemães, suíços e austríacos, mas não só, dizem que os portugueses não conseguem passar da cepa torta, nem gerir as suas vidas, nem mudar o regime porque pensam com a cabeça que têm entre as pernas (literal).

Existe uma profusão de sólidos sintomas da deficiência mental nacional, cuja maioria é conhecida nos outros países. Nos outros países europeus as populações são mais informadas do que os portugueses. Embora o jornalismo esteja em decadência geral mundial devido aos interesses financeiros que dele se têm apoderado, não só não têm os rascas da desinformação nacional como nas escolas lhes ensinam a reflectir, a defenderem-se contra a publicidade e a gerirem o seu dinheiro, coisas impossíveis em Portugal, visto o modo como os pais impedem os professores de o fazer e nenhum governo ter tomado as decisões apropriadas a esse propósito. Não dá votos, o mesmo motivo por que o sistema educativo é dos piores. Dá mais votos aceder às exigências de pais rascas, que esses sim, votam.

Alguns desses sólidos sintomas tidos em conta noutros países e que crêem mais significativos da mentalidade são a reacção geral à publicidade e a quantidade desta; as contínuas reclamações sobre os governos sem que por isso tomem qualquer decisão contra o que contestam, a falta de associação (originada no deficit de civismo), o pedantismo mascarado de simplicidade, reclamações sobre assuntos com menos importância e aceitarem outros com piores consequências; serem papagaios irracionais, aceitando e repetindo tudo os que os corruptos dizem e defendendo-os contra os seus próprios interesses.

Pensando um pouco mais, o Coelho não é apenas um impostor como sabido pelos factos atrás referidos. Alguém duvidará que um tal género de processo não aconteceria em Portugal? Não só todas as oligarquias aprovaram leis para tornar os seus roubos e actos mafiosos impunes, como a corrupção e incapacidade da gentalha da justiça jamais chegaria a qualquer conclusão. Completamente absurdo. Dupla prova de como um impostor reles pode contar com a suprema estupidez e amnésia geral nacionais. Poderá, pois, contar também com os votos desses que nela acreditam piamente.

Um facto porém merece o interesse geral. Trazer a culpa da miséria do país à discussão é salutar e cria precedentes que poderão ter uso futuro e que poderão vir ajudar a descobrir outros factos escondidos. Note-se que a resposta do governo também não foi menos desprovida de senso.

Interessante de notar que num país onde quase todos mostram um tão profundo esquecimento que salta dentro do campo da demência, há cerca de vinte anos que o Carvalho da Silva vem periodicamente mencionando as razões da crise, da mão-de-obra barata e dos baixos vencimentos em contradição com os exageradamente altos dos incompetentes, devido à falta de habilitação e de especialização dos trabalhadores e das entidades patronais. Ninguém parece ouvi-lo, contudo é a realidade escamoteada pelos interesses das oligarquias e das bestas jornaleiras em conluio. Veio agora o Jerónimo de Sousa falar no mesmo, mas como até agora nunca o referiu, perde a credulidade da intenção.

Como aqui já várias vezes anunciado, os juros vão continuar a aumentar ou não baixarão. Não é preciso ser bruxo para adivinhar. Basta ter ouvido e continuar a ouvir as bestealidades que o Coelho vomita contra o país e o povo a cada vez que rosna e ladra, e pensar-se com a cabeça dos investidores para deduzir imediatamente que essa besta fez com que ninguém tenha confiança política no país, donde a falta de estabilidade política só pode traduzir-se por instabilidade económica. Por de mais, os especuladores aproveitam a ocasião para aumentarem os seus lucros à nossa custa. Os pobres pacóvios miseráveis, porém, far-lhe-ão uma demonstração de suprema estupidez elegendo quem os mete na miséria. É Portugal, um país de estúpidos incapazes de reflectir, como muito bem se sabe nos outros países. Enquanto os estúpidos não o compreenderem, vão continuar enterrados na mesma estrumeira. Democracia é o povo participar na governação e ter a última palavra em todas as decisões. Manter os políticos domesticados. Idem com a justiça. O palavreado também o revela: «órgãos de soberania» não existem numa democracia, pois que o único soberano é o povo. Em Portugal, o regime político cumpre todas as regras duma claríssima e evidente oligarquia a que, os estúpidos, chamam democracia, tal como chamam autarquias ao municípios.

Sem comentários:

Flag Counter

Pesquisar neste blogue

Seguidores