Banca externa admite entrada do FMI no País
Os analistas do Credit Suisse prevêm que Portugal e a Irlanda "terão de recorrer ao fundo de resgate da União Europeia". Na base desta perspectiva estão os receios das"condições de financiamento, que aparentam ser insustentáveis para Portugal, Irlanda e Grécia". Num relatório do banco suíço ontem divulgado, os analistas advertem que, a longo prazo, "os pagamentos com juros em proporção do PIB serão acima da tendência de crescimento do PIB nominal".
Como consequência, em situação de elevado grau de endividamento, "os países têm de ter uma desvalorização da moeda ou excedentes de contas correntes". Até agora, "nenhuma destas condições aconteceu na Europa periféria", sublinham os economistas do Credit Suisse.
A instituição teme também que a instabilidade política dificulte ainda mais a tarefa de controlar as contas públicas.
Em relação a Portugal, recorda que "há um Governo de minoria, mas o partido da oposição deixou passar o Orçamento para 2011. No entanto, a situação permanece incerta e é possível que ocorram eleições antecipadas no próximo ano".
A Goldman Sachs, por seu lado, também considera que "a probabilidade de a Irlanda e Portugal entrarem no programa do FMI designado Fundo Europeu para a Estabilidade Financeira tem aumentado".
Um responsável deste banco de investimentos sublinhou ontem que, "ao contrário do que aconteceu depois do resgate à Grécia, acreditamos que tal acto não conduzirá ao contágio. Pelo contrário, poderá resolver as tensões" actuais em redor das dívidas soberanas de Portugal e da Irlanda.
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