Portugal paga juro de 6,806% no leilão a 10 anos
10 Novembro 2010 10:50
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Edgar Caetano - edgarcaetano@negocios.pt
O IGCP colocou esta manhã a quase totalidade do montante previsto (1.242 milhões de euros), mas os juros subiram de forma acentuada face às anteriores emissões comparáveis. No prazo a 10 anos, a taxa média subiu para os 6,806%.
O Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP) colocou um montante mais baixo na maturidade mais curta do que no prazo mais longo, ao contrário do que era esperado.
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No último leilão de obrigações do Tesouro deste ano, o IGCP “vendeu” 556 milhões de euros na linha que vence em 2016 e 686 milhões de euros no prazo a 10 anos.
No prazo mais longo, os juros subiram para 6,806%. Na anterior emissão a 10 anos, em finais de Setembro, o Estado havia pago uma taxa média de 6,242%.
Já na linha que atinge a maturidade em Outubro de 2016, o IGCP viu os juros dispararam para os 6,156%, que compara com os 4,371% que Portugal pagou no leilão realizado em finais de Agosto.Procura mantém-se estável
A procura manteve-se estável acima das duas vezes (a oferta) em ambos os prazos. No prazo a 10 anos, caiu para 2,1 face aos 4,9 vezes registados no leilão de Setembro.
Nesta emissão de dívida de longo prazo, que será a última a realizar este ano, o IGCP pretendia colocar entre 750 e 1,25 mil milhões de euros.
Os custos de financiamento de Portugal têm estado sob pressão. Nas últimas semanas, os mercados assistiram a um êxodo da dívida dos países da chamada “periferia” europeia, como Portugal e Irlanda.
"A abordagem da Alemanha na gestão da crise soberana está a ter um impacto muito negativo. Trouxe maior incerteza e turbulência a uma situação que ainda estava longe de ser solucionada", disse ontem ao Negócios Gary Jenkins, um analista da Evolution Securities, em Londres.
Em causa está a proposta que vai ser levada ao Ecofin pela mão da chanceler Angela Merkel e que prevê a possibilidade de prejuízos para os investidores em dívida de países que venham a ser resgatados, no quadro do fundo permanente aprovado na última Cimeira europeia.
No prazo mais longo, os juros subiram para 6,806%. Na anterior emissão a 10 anos, em finais de Setembro, o Estado havia pago uma taxa média de 6,242%.
Já na linha que atinge a maturidade em Outubro de 2016, o IGCP viu os juros dispararam para os 6,156%, que compara com os 4,371% que Portugal pagou no leilão realizado em finais de Agosto.Procura mantém-se estável
A procura manteve-se estável acima das duas vezes (a oferta) em ambos os prazos. No prazo a 10 anos, caiu para 2,1 face aos 4,9 vezes registados no leilão de Setembro.
Nesta emissão de dívida de longo prazo, que será a última a realizar este ano, o IGCP pretendia colocar entre 750 e 1,25 mil milhões de euros.
Os custos de financiamento de Portugal têm estado sob pressão. Nas últimas semanas, os mercados assistiram a um êxodo da dívida dos países da chamada “periferia” europeia, como Portugal e Irlanda.
"A abordagem da Alemanha na gestão da crise soberana está a ter um impacto muito negativo. Trouxe maior incerteza e turbulência a uma situação que ainda estava longe de ser solucionada", disse ontem ao Negócios Gary Jenkins, um analista da Evolution Securities, em Londres.
Em causa está a proposta que vai ser levada ao Ecofin pela mão da chanceler Angela Merkel e que prevê a possibilidade de prejuízos para os investidores em dívida de países que venham a ser resgatados, no quadro do fundo permanente aprovado na última Cimeira europeia.
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