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terça-feira, 13 de julho de 2010

Função Pública: Ernâni Lopes quer corte de 15 a 20% nos salários


Antigo ministro das Finanças analisa crise

Função Pública: Ernâni Lopes quer corte de 15 a 20% nos salários

O antigo ministro das Finanças Ernâni Lopes disse esta segunda-feira que se estivesse no Governo em Portugal seguiria o exemplo irlandês e cortaria 15 ou 20 por cento os salários dos funcionários públicos.

Numa intervenção nas jornadas parlamentares do PSD, que decorrem no Parlamento, entre esta segunda e terça feira, Ernâni Lopes considerou "quase absurda esta solução coxa de, na incapacidade de tocar na despesa pública, aumentar a receita".

"Para sugestão de ordem prática, eu apreciei muito a lógica irlandesa. E era o que eu faria se tivesse a responsabilidade de enfrentar a situação portuguesa", disse o actual presidente da Fundação Luso-Espanhola, citado pela agência Lusa.

Ernâni Lopes acrescentou que diminuiria, "seguramente, os vencimentos de funcionários públicos, incluindo os ministros", com "um corte na banda dos 15, 20, 30 por cento - 15 sem dúvida, 20 provavelmente".

"A cru. Sem explicar nada. Ou melhor, explicando que ou é assim ou não é. Não querem, então não se faz", prosseguiu o antigo ministro das Finanças do Governo do ‘Bloco Central’.

"Cortar na despesa é inexorável", defendeu.

Pergunto eu: - Quantas reformas tem este srº e o valor das mesmas?

Ora ai vai....

Aposentação: Cinco anos chegam para a administração Reformados famosos do Banco de Portugal

Várias dezenas de ex-governantes e deputados, para além do Presidente da República eleito, recebem reformas do Banco de Portugal.

Estão nesta situação o ex-deputado do Partido Comunista Português, Octávio Teixeira, aposentado como consultor com o nível 18a desde Dezembro de 2001, que recebe uma pensão de 2385 euros por mês, o presidente do Conselho Fiscal do Benfica, Walter Marques, reformado do banco desde Dezembro de 1991 com o mesmo estatuto do ex-deputado comunista e o fiscalista Diogo Leite Campos, que se reformou como administrador em 23 de Fevereiro de 2000.

Um caso ‘sui generis’ aconteceu com o ex-ministro das Finanças, Bagão Félix. Trata-se do único quadro superior (foi vice-governador) do Banco de Portugal que foi exonerado pelo ministro das Finanças (Eduardo Catroga) e que não aceitou a reforma a que tinha direito. “Entrei para o banco em Fevereiro de 1992 e fui exonerado em Junho de 1994 na sequência do caso Banesto. Saí sem indemnização, sem pensão e sem emprego”, disse Bagão Félix ao CM.

As normas que regem as pensões de reforma do Conselho de Administração do Banco de Portugal têm, no seu ponto 4.º, uma “garantia de reforma” que estipula o seguinte: “O Banco de Portugal, através do seu Fundo de Pensões, garantirá uma pensão de reforma correspondente ao período mínimo de cinco anos, ainda que o membro do Conselho de Administração cesse funções, a qualquer título”.

As pensões atribuídas aos membros do Conselho de Administração do Banco Central são actualizadas, a 100 por cento, na base da evolução das retribuições dos futuros Conselhos de Administração, sem prejuízo dos direitos adquiridos, especifica o ponto 6 das referidas normas.

O ponto 7 regula a cumulação de pensões, consagrando a possibilidade de, “obtida uma pensão de reforma do Banco de Portugal, o membro do Conselho de Administração pode obter nova pensão da Caixa Geral de Aposentações [CGA], ou de outro qualquer regime, cumulável com a primeira”. No entanto, a parte da nova pensão correspondente aos anos de serviço que já tenham sido contados para a reforma concedida pelo banco deverá ser restituída.

Para além da pensão, os membros reformados do Conselho de Administração gozam de todas as regalias sociais concedidas aos administradores no activo (carro e cartão de crédito) e também aquelas dadas aos trabalhadores da instituição.

DOIS JAGUAR A CAMINHO

A frota de automóveis do Banco de Portugal é de fazer inveja a muitos ministérios. Os contratos de ‘leasing’ das viaturas têm a duração de três anos, sendo os modelos renovados após esse período. Recentemente, foi divulgado que a administração encomendou no passado mês de Dezembro seis nova viaturas; três Volkswagen Passat, dois Audi A4 e um Mercedes classe E. No entanto, o CM sabe que, a somar a estes estão também encomendados dois Jaguar que deverão ficar adstritos a directores da instituição.

Recorde-se que, segundo um estudo realizado pelo ‘Central Banking Journal’, o Banco de Portugal é a terceira instituição de supervisão que mais gastos tem com pessoal em percentagem do PIB (0,08 por cento) entre os 30 países da OCDE, só superado pelo banco grego e islandês.

ALGUNS DOS REFORMADOS DO BANCO CENTRAL

Nome: Campos e Cunha

Cargo que ocupava: Vice-governador

Início da reforma: 2002, por cessação de funções

Valor da reforma: 8000 euros

Nome: Tavares Moreira

Cargo que ocupava: Técnico consultor de nível 18c

Início da reforma: 1 de Junho de 1999 – negociada

Valor da reforma: 3062 euros

Nome: Miguel Beleza

Cargo que ocupava: Técnico consultor de nível 18c

Início da reforma: 1 de Novembro de 1995 – negociada

Valor da reforma: 3062 euros

Nome: Cavaco Silva

Cargo que ocupava: Técnico consultor de nível 18b

Início da reforma: 15 de Julho de 2004 – por limite de idade

Valor da reforma: 2679 euros

Nome: Octávio Teixeira

Cargo que ocupava: Técnico consultor de nível 18a

Início da reforma: 1 de Dezembro de 2001 – negociada

Valor da reforma: 2385 euros

Nome: Ernâni Lopes

Cargo que ocupava: Técnico consultor de nível 18

Início da reforma: 1 de Setembro de 1989 – negociada

Valor da reforma: 2115 euros

Nome: Rui Vilar

Cargo que ocupava: Técnico consultor de nível 18b

Início da reforma: [n.d.] Ocupa o cargo de presidente do Conselho de Auditoria

Valor da reforma: N.D.

Nome: António de Sousa

Cargo que ocupava: Administrador de nível I

Início da reforma: 23 de Fevereiro de 2000 – Regime dos Membros do Cons. Adm.

Valor da reforma: N.D.

Miguel Alexandre Ganhão
CM 25.01.06

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