‘CM’ DIVULGA NA ÍNTEGRA DOCUMENTO DA PJ DE AVEIRO ENVIADO PARA O PARLAMENTO
30 de Junho, 01h23
Paulo Penedos (PP)e Rui Pedro Soares (RPS)
RPS diz a PP que Henrique Granadeiro se atira à Manuela Ferreira Leite que ele nem faz ideia. Sai amanhã, é a capa do ‘i’. Diz o RPS que na entrevista o Henrique denuncia que a Manuela pressionou a PT a comprar a rede fixa em 2003, para disfarçar o défice, e que ele foi afastado da Lusomundo pelo PSD porque se recusava a despedir alguns directores... Perante isto, o RPS tem dúvidas de que a fuga tenha saído do Henrique e não aceita que ela tenha partido do Abílio. Questionam--se, então, de onde terá partido a fuga. O RPS conta que a Manuela fez a entrevista na quarta-feira e que nesse dia à tarde os 'Ongoing' telefonaram-lhe a dizer que tinham falado com o PSD e que este estava de acordo com a operação porque era trazer de Espanha para Portugal um activo de comunicação social que era importante por causa das guerras com a Telefónica no Brasil. RPS pergunta se tinha contado isto a PP e este responde que não, que lhe tinha contado que eles tinham falado com o Moniz. RPS pergunta se não lhe tinha contado a história do sobrinho do Cavaco comprar as rádios, depois emenda e diz – sobrinho não, genro. PP responde que sim, que isso contou que se lembra até de os dois se terem posto a rir. E o RPS conta uma nova versão do que acha que aconteceu: alguém, desastradamente, andou a falar com o PSD para este também estar de acordo e em vez de conseguir o tal acordo mandou foi enrolar o negócio, e foi traído. PP admite esta versão e diz que ela (M. F. Leite) até podia estar de acordo mas quando foi para a entrevista reuniu o ‘staff’ mais directo e devem ter-lhe dito que ela não podia estar de acordo.
13h17
Rui Pedro Soares (RPS) e Paulo Penedos (PP)
RPS diz ao PP que já está confirmado quem andou a fazer jogo ‘triplo’... foi o Moniz porque também foi ele, ao mesmo tempo que estava a negociar connosco e a dizer aos espanhóis que queria sair, também foi ele que andava a dizer para a Presidência da República que o queriam pôr fora. Já suspeitavam disso, agora têm a certeza. Ele [Moniz] já tinha feito o mesmo à Zon.
9 de Julho
Dina Aguiar e Armando Vara
Dina Aguiar [jornalista da RTP] diz que esteve num jantar com a Alexandra Borges [jornalista da TVI], que é amiga dela, e pergunta ao Armando Vara se continua a dar-se com o Primeiro-Ministro. Armando responde que ainda não há razão para não deixar de se dar... Dina diz que no jantar de ontem, onde estava também a Ana Leal, ouviu uma conversa a propósito de um ataque que a TVI quer fazer ao Primeiro-Ministro, ou anda a querer fazer. Armando ri e pergunta 'mais'! Dina responde que mais... que eles estão concentrados, era para lhe dizer isto, eles estão concentrados na 'Cova da Beira'... e ela ouviu umas conversas sobre o processo... se vai ou não vai, com a Manuela a pressionar para fazerem isso... Armando Vara diz que isso também já não tem nada de novo ao que a Dina responde que tem, que parece que sim, que há ainda ali umas coisas... que a Alexandra estava a dizer que agora ia para o Gana e que depois em Outubro é que ia agarrar nisso. A Dina adianta que não deu muita atenção... que já quando foi do caso Casa Pia também soube... Vara diz que há sempre uns tipos a querer fazer insinuações. Dina volta a dizer que há um caminho, que eles [TVI] têm um caminho, que há uma pessoa que já morreu... e volta a falar da Casa Pia dizendo que quando foi deste caso até falou com ela [Alexandra Borges?] abertamente e pôs a questão de avisar o Carlos Cruz ou não, acabou por não o fazer porque é difícil quando se está no meio das amizades... mas neste caso, pelo menos pelo que ouviu, deixaram aquilo até Outubro. Não sabe é se a Manuela vai pressionar no sentido de ser antes. Armando diz que é deixar andar.... Dina diz que foi só para lhe dar um 'lamiré'.
Paulo Penedos (PP)e Diogo
PP e Diogo falam da PT e sobre o que acontecerá se o PSD ganhar as eleições. PP diz que pediu para voltar à posição anterior, depois do que se passou no caso TVI, que foi mau demais para ele... Diogo diz que não foi nada que o PP não soubesse já. Diogo diz que só acha extraordinário o facto de alguém pensar que aquilo podia alguma vez avançar. PP diz que só ele e o Abílio é que disseram que aquilo era um disparate. Diogo pergunta se PP está a falar a sério. PP responde que quando as pessoas não vivem com os pés assentes na terra tudo é possível. Diogo volta a perguntar se as pessoas não acreditam no ditado que diz que, em política, tudo o que parece é e que estava na cara que aquilo ia acontecer, que alguém ia denunciar o negócio de propósito para fazer parecer (este resumo continua amanhã).
Sem comentários:
Enviar um comentário