
As “FARPAS” de EÇA
“Aproxima-te um pouco de nós, e vê. O País perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos e os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido, nem instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não existe nenhuma solidariedade entre os cidadãos já não se crê na honestidade dos homens públicos...”
Inicia assim Eça de Queirós, em Junho de 1871, a primeira crónica de “As Farpas” que, em parceria com Ramalho Ortigão, começou então a publicar em fascículos mensais.
Eça de Queirós, em 1872, escreveu nAs Farpas:
"Nós estamos num estado comparável sómente à Grécia: mesma pobreza, mesma indignidade política, mesma trapalhada económica, mesmo abaixamento de caracteres, mesma decadência de espírito. Nos livros estrangeiros, nas revistas quando se fala num país caótico e que pela sua decadência progressiva, poderá ...vir a ser riscado do mapa da Europa, citam-se a par , a Grécia e Portugal".
[Será isto um recado que, mais do que nunca, encaixa perfeitamente aos novos Pinóquios(PS/PSD) do Século XXI, 138 anos depois?]
Sem comentários:
Enviar um comentário