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sexta-feira, 9 de abril de 2010
Submarinos IV
Portas afirmou que escolha de consórcio alemão permitiu poupança de 180 milhões de euros
31 Março 2010 - 17h13
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Consórcio alemão cumpriu maior número de critérios
Portas usou critérios do Governo de Guterres
Paulo Portas, ex-ministro da Defesa, garantiu esta quarta-feira que a escolha do consórcio alemão Man Ferrostaal como fornecedor dos submarinos teve por base, entre outros critérios, o preço e os pareceres técnicos “absolutamente inequívocos” da Marinha Portuguesa.
Numa conferência de imprensa realizada no Parlamento, o ex-ministro explicou que o concurso para renovar a capacidade submarina portuguesa foi lançado em 1998 durante o Governo de António Guterres. “Quando cheguei à Defesa Nacional, o concurso estava já na sua fase final, pareceu-nos que os valores eram demasiado elevados, embora a dívida pública da época fosse consideravelmente inferior à de hoje”, começou por dizer Portas, assinalando que a opção inicial era a compra de três submarinos, com opção para quatro, e que o seu Governo decidiu reduzir esse número para dois.
O ex-responsável pela pasta da Defesa Nacional esclareceu que a escolha do consórcio alemão, em detrimento de outro francês, se prendeu com o cumprimento de critérios estabelecidos, nomeadamente o preço. “A decisão foi tomada com base em seis critérios, que estavam definidos muito antes de eu tomar posse como ministro da Defesa, e nesses seis o consórcio alemão venceu em quatro e o francês em dois”, disse, acrescentando o preço apresentado pela Man Ferrostaal significou, “relativamente ao mesmo número de bens, uma economia de cerca de 180 milhões de euros face ao concorrente”.
Quanto ao cônsul português em Munique, investigado pelas autoridades alemãs por alegadamente ter recebido um suborno de 1,6 milhões de euros para ajudar a concretizar a compra de dois submarinos pelo Estado português em 2004, Paulo Portas referiu que o viu apenas uma vez. “Todos os anos há uma conferência sobre segurança em Munique, todos os anos os ministros da Defesa são convidados para ir a essa conferência, e do que me lembro é que o tal cônsul se apresenta no aeroporto para dirigir cumprimentos ao ministro português que visita a Alemanha e pergunta polidamente se precisamos de alguma ajuda para a nossa estadia. Eu, no meu caso, disse que não precisava”, sublinhou.
O Governo português decidiu hoje suspender o cônsul Jurgen Adolff de “todas as funções relacionadas com o exercício do cargo”, na sequência da investigação das autoridades alemãs.
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