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terça-feira, 20 de abril de 2010

Godinho rompe silêncio e quer contar toda a verdade



AQUI[Face Oculta]
Manuel Godinho quer contar tudo aos investigadores do processo, depois de ter estado seis meses remetido ao silêncio

Manuel Godinho, o principal arguido do processo "Face Oculta", quer voltar a prestar declarações ao Ministério Público (MP), e está disposto a contribuir para a descoberta da verdade. Esta mudança na estratégia de defesa apanha de surpresa os restantes arguidos acusados de usarem empresas públicas para favorecerem os negócios do empresário de Ovar.

Ao que o DN apurou, Manuel Godinho já informou o procurador da República da Comarca do Baixo Vouga, João Marques Vidal, sobre a sua intenção de romper o silêncio iniciado em Outubro, quando se recusou a responder a perguntas dos investigadores. Trata-se do maior volte-face do processo que investiga uma teia de tráfico de influências envolvendo Armando Vara, vice-presidente do Millennium bcp auto-suspenso, e vários gestores de empresas de capitais públicos. Godinho é o único que está detido.

Esta mudança de estratégia de defesa acontece quando várias empresas participadas pelo Estado já concluíram as suas auditorias internas, tendo detectado irregularidades nas relações comerciais com Manuel Godinho. A Galp foi das primeiras a terminar essas diligências, tendo, no seguimento, proposto o despedimento de dois dos arguidos do processo: Paulo Costa, director de relações institucionais do grupo, e João Tavares, responsável de armazém.

Também a Inspecção-Geral das Obras Públicas (IGOP) detectou irregularidades em concursos realizados pelo Metropolitano de Lisboa em 2002. A Inspecção-Geral das Finanças, por seu lado, detectou irregularidades nos contratos entre o empresário de Ovar e os Estaleiros Navais de Viana do Castelo. A IGOP concluiu que Manuel Godinho tinha um universo de pelo menos 19 empresas para fazer negócios com o Estado. Todas estão a ser passadas a pente fino. Armando Vara já negou ter recebido dez mil euros do empresário, conforme acusa o MP Ao DN, em entrevista a 6 de Março, Godinho garantiu: "Nunca paguei a ninguém para obter favorecimentos." Mas o seu silêncio preocupa muita gente.

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