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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Burlão plagiou tese de quadro do Banco Mundial

Informação da SICNotícias
Artur Baptista da Silva intitulava-se professor catedrático.
Artur Baptista da Silva intitulava-se professor catedrático.Fotografia © Reinaldo Rodrigues/Global Imagens

Nos seus contactos profissionais, Artur Baptista da Silva fornecia a "sua" tese de doutoramento, "Growth, Inequality and Poverty, Looking Beyond Averages", um documento plagiado a um quadro do Banco Mundial.
Para além de consultor das Nações Unidas, Artur Baptista da Silva intitulava-se professor catedrático, com o grau obtido numa universidade americana com a tese ""Growth, Inequality and Poverty, Looking Beyond Averages", a qual fornecia aos seus interlocutores. Porém, trata-se (ver ficheiros em anexo) de um plágio de um trabalho de Martin Ravallion, quadro do banco Mundial.


Quem é afinal Baptista da Silva?

Não se apagaram ainda os ecos das intervenções mediáticas do falso funcionário da ONU,Artur Baptista da Silva, que veio dizer à RTP, por  sms, que está a ser “alvo de chacina de carácter”  (link indisponível).  O Expresso e Nicolau Santos pediram desculpa, reconhecendo que erraram  ”ao dar como adquirido que a informação que  estava a ser prestada era fidedigna e não carecia de confirmação.”
cartão de Batista da Silva
O cartão de visita com que se apresentou ao Expresso mostra que o homem cuidou de construir a personagem  de funcionário da ONU usando rituais e símbolos socialmente aceites: o cartão de visita e “uns papéis” do seu estudo,  como disse Nicolau Santos na Antena 1. Todos, mesmo os que agora se mostram indignados, acreditaram nele ou, pelo menos, não duvidaram da sua identificação, desde ministros que com ele integraram “comissões de honra”, até economistas, gestores, académicos, entre outros, que com ele participaram em eventos e debates públicos.
Mas há várias coisas estranhas e curiosas neste caso:
- Até ao momento não se sabe verdadeiramente quem é nem o que faz a criatura. O DN afirma que «nos seus contactos profissionais, Artur Baptista da Silva fornecia a “sua” tese de doutoramento, “Growth, Inequality and Poverty, Looking Beyond Averages”, um documento plagiado a um quadro do Banco Mundial.» Mas os textos a que o DN chama “teses”, não são teses mas sim artigos académicos de 27 páginas, sem identificação da data e local de publicação.
- Também não se sabe como é que Baptista da Silva foi convidado pelo Grémio Literário para ser orador numa conferência, se foi ele que se ofereceu, como fez com o Expresso, e nesse caso se a ONU foi contactada pelos organizadores ou como é que ele conseguiu insinuar-se junto de tão prestigiada instituição.
- Também não se compreende como é que até agora a ONU não se pronunciou, dado o impacto, até internacional, do assunto e a usurpação e abuso feitos do nome da organização.
- Depois,  como é que este homem anda a enganar tanta gente há tanto temposem ser descoberto?
- Há também o facto, não dispiciendo, de em Portugal haver muitos doutores só de nome sem que ninguém se incomode com isso, porque não só estes ao ser chamados “doutores” se sentem  mais importantes, como também quem assim os nomeia se sente “promovido” por tratar com um “doutor”.
- Finalmente, o mais importante é o facto de o “falso” Baptista da Silva ter surgido num momento em que o discurso governamental  é incoerente e sem credibilidade, constantemente desmentido por  instituições nacionais e internacionais e pela realidade vivida pelos portugueses. O terreno estava, pois, preparado para acolherum discurso diferente e que pareceu coerente, que devia, apesar de vindo de um impostor, ser desmontado.

1. 

Oopst….o impostor sabia demais

2.

A ONU puxa as orelhas ao governo português

A TESE DE DOUTORAMENTO DO QUADRO DO BANCO MUNDIAL A TESE DE DOUTORAMENTO DE ARTUR BAPTISTA DA SILVA 


País

ONU confirma burla de Artur Baptista da Silva


Agora são as próprias Nações Unidas que confirmam que Artur Baptista da Silva não está ligado à ONU. Numa resposta à Agência Lusa, Adam Rogers, responsável do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, diz que desconhece o incidente em Portugal e confirmou que Artur Baptista da Silva não faz parte da organização.

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